quinta-feira, 24 de abril de 2008

Joguemos Isabellas pelas janelas da imprensa

Querido (a)Toa,

"Isabella, a pobre coitada criança!" Pois é... isso que se escuta por aí sem parar.
Você aguenta? Eu não aguento mais...
São esses os famosos furos de imprensa: um descobre, comenta, outro gera a notícia, alguém espalha, a mídia vai a fundo e lá vai o povão brasileiro todo atrás do caso. É o Big Brother em um estado mórbido e evoluído.
Não estou colocando em questão a seriedade e o tamanho da tragédia, mas só queria um minuto de reflexão sobre os tantos outros casos ocorridos diariamente que nem geram notícia. Para quem não sabe, pelo menos 2 crianças morrem no Brasil diariamente vítimas de violência doméstica, sem contar os casos bizarros de mutilações e castigos dos mais diversos.
A população parece a cada dia mais cair na histórinha do Jornal Nacional, seus editores (leia: Willian Bonner), amigos e demais programas dos veículos de comunicação.

Notícias populares... o povão adora uma tragédia, como já não bastasse a tragédia de sua própria existência.
Prepare-se para ver muitas Isabellas sendo jogadas pela janela, no rio, presas em cativeiro, estupradas no parque, espancadas na saida da escola... blah, blah, sangue, morte e violência. Com tanto que ela seja de classe média pra cima, por que não?

Alguém sabe me dizer qual foi o fim dos cartões corporativos?Idiotas! Quero o meu dinheiro de volta.

Pão e Circo pro povo! EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!

De volta! Por tempo escasso e determinado (1h)

Pensei que fossem apenas 2 dias, foram quase 2 semanas. Agora, finalmente, tenho alguns minutinhos pra respirar. O sono impera, essa é a mais pura das verdades.
Dizem que o trabalho dignifica o homem, eu diria mais, além disso ele também destrói o homem. Cara, estou acabado, olha que ainda tem muita coisa pela frente, mas o negócio é não reclamar, por que se estou na situação que estou é porque eu quero, afinal, tem muito trabalho mais fácil por aí que me pagaria até mais do que aqui...
e o que importa?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Bom final de semana

Por 2 dias pelo menos quero disttancia do computador. Proximidade das pessoas que eu amo.

Bilolas, bilolas, brisas e marolas doidas - Versao 1.0

Uma prosa para (a)Toa,

Toda Hora Calmo mas sempre alerta e Louco Sem Destino. Cana e bis na mochila pra acabar com a sede e a fome do menino.
Baseado no que é certo, na viagem fui além. A trilha sonora é um Mantra De Músicas Antigas, que um dia fiz não sei pra quem.
Fiquei perdido, mas me encontrei Com o Gú e o Mello. Vi aquela placa ao longe e Li: "Rio de Caramelo"
A água era bem Doce, mais doce até que Bala. Melhor que isso nem uma larica feita pelo Alex Atala.

TO BE CONTINUED...

Mantenha-se vivo. Sorria e acompanhe a evolução da humanidade.

Querido (a)Toa,

"huauauauhauuahuha"... olha o que inventaram pra sinalizar os risos.
A gente até tenta, mas não dá pra simular uma risada de verdade no computador. Impossibilidades a parte, rir é muito bom. Numa sexta feira de sol, sob efeito ou não, dar aquela gargalhada é uma das melhores coisas que existem.
Houveram tempos em que rir era coisa do demônio. A velha (bota velha nisso) igreja querendo controlar a felicidade dos seus fiéis, que beleza... impedindo os probres coitados de fazer sexo que não fosse para reprodução, que bebessem seus pileques e ainda por cima que ficassem como emos mal-comidos sem rir. Naquele tempo, não tiraria a razão de ninguém de estar mal humorado. Ter que conviver com essas "coisas" da igreja não devia ser nada legal.

E assim começa a história:

Hoje quando acordei, dei logo aquela espreguiçada, lavei o rosto, escutei uma música e fui me arrumando para vir para o trabalho. Acordo as 9 para sair as 9:35, pegar o ônibus as 9:43 e chegar no trabalho as 10:05 (na maioria das vezes). É impressionante como todo dia vejo as mesmas pessoas nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas no meu caminho da roça. Essa parte da rotina se torna até legal vista dessa forma. Parece que estou sempre no mesmo busão também. O cobrador é o mesmo, algumas pessoas são iguais, parece até que estou naqueles sonhos que se repetem e não acabam.

Uma coisa que anda me chamando a atenção é o humor do motorista e do cobrador, por isso comecei o texto com gargalhadas e discussões em torno delas. Nunca vi nenhum dos dois dando um sorriso se quer. O mais incrível disso tudo é notar a influência que um ser-humano tem sobre a atmosfera.`Não minta pra mim: Quando alguém te dá um bom-dia de cú, automaticamente você fica com a cara do mesmo, não é?!. Sem contar que muitas vezes duas palavras básicas mal pronunciadas podem azedar o dia de qualquer um.

Todo dia O MOTORISTA INFELIZ esta reclamando do trânsito, proferindo palavrões, com aquela cara "super-amigável". Cobrador é outro: afetado. Sem dúvidas a culpa é do motorista. Ele que dirige o humor dos seus colegas de trabalho e passageiros.

Eu sei que dirigir coletivos urbanos em São Paulo não é das melhores profissões, mas se não há escolha, por que não tentar ser feliz com o que você tem. Aposto que nenhum daqueles dois funcionários da SP Trans morrem de fome. Alias, eles têm até uma barriga considerável. O problema é o rosto, marcado pelas expressões negativas e pelo franzir do rosto em descontentamento.

Já não me incomodo mais com isso. Cheguei a brilhante e óbvia conclusão que mulheres mal comidas e Homens com desejos sexuais reprimidos são espécies recessivas e fracas. Além disso, sofrem de uma enfermidade contagiosa, o mau-humor. Se Deus quiser e o Diabo deixar, a evolução vai colocar um fim nesses sujeitos.

Pelo menos hoje, retribua um sorriso, beba uma cerveja, fume um baseado, diga um "bom dia", um "boa tarde" e um "boa noite". Aproveite que é sexta-feira e faça alguma coisa que te deixa feliz. Junte os amigos e de risada pra caralho.
Eu sei que isso parece muito um daaqueles motivacionais do tipo "Use filtro solar", mas na boa: leve a mensagem a sério, ou melhor, não leve a sério.

Contaminar as pessoas com negativismo é sinal de fraqueza. Sinal de egoísmo. Você não é o único que sofre, você não é o único que ganha mal e muito menos o único que não deu uma foda ontem.

Confie que amanhã virá, pelo menos a minha eu garanto!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lições básicas de cidadania - Subindo e descendo as escadas rolantes

Querido (a)Toa,


Experimente estacionar na esquerda da escada rolante do metrô de Londres ou de Paris em qualquer horário. Espere 10 segundos e veja o que acontece. É só para imaginar, faça o "faz de conta" que você aprendeu quando criança. Eu tive a sorte (ou azar na ocasião) de experimentar essa situação no começo do ano de 2005. Fui surpreendido por um cidadão de sobretudo e roupa social (aquele tipo inglês) que tocou nos meus ombros e disse:~"Sir, could you please let me pass?". Naquele momento, desligado que sou, não entendi ao certo o "porque" daquele pedido, sendo que o meu lado direito estava mais do que liberado para que ele passasse. Depois notei uma plaquinha nos começos e fins de escada que informavam "Deixe a sua esquerda livre para circulação", igualzinho aquela amarela que tem no final e começo de todas as escadas do metrô de São Paulo e nunca ninguém reparou. Além disso, também vi em algumas estações marcas de pegada nas escadas, na direita um pé ao lado do outro e na esquerda um pé em cada degrau, como se a pessoa que deixou aqueles pés lá tivesse subido correndo ou mesmo andando pelos degraus.

Te confesso que desde aquele dia, nunca mais estacionei na esquerda de qualquer escada rolante. É uma regrinha tão boba e fácil de seguir, não é?! Por que não ensinam isso na escola? Tomaria no máximo 30 minnutos com demostração e estudo de campo.

Se você não sabia. Aprenda agora! Tem gente que depende de horários, então por favor, pelo menos na escada rolante, não atrase a vida de alguém.

Se você quer ficar parado, fica no lado direito. Assim a gente se entende, okay?!

Até a próxima aula (a)Toa

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Do consumo ao caos - Felicidade não inclusa

Querido (a)Toa,

Não vou dizer que para mim é uma coisa de fácil assimilação, ou mesmo que eu tenha uma atração por essa matéria, a Filosofia, mas de vez enquando ela nos surge com algumas coisas simples e interessantes, é o caso de hoje...
Você já ouviu falar no Epicuro? Gente boa esse jovem aí. Na verdade o rapaz já morreu tem bem alguns séculos antes de cristo, mas não é bem isso que fez com que ele fosse esquecido. Mesmo que a história tenha se encarregado de dar sumiço em 300 obras dele, sobraram algumas cartas que ele escreveu e alguns de seus entusiastas que formam uma linha de seguidores fiéis desde aqueles tempos antes do Messias nascer. Hoje em dia o cara é lembrado em todas as aulas de filosofia e cursos de motivação por aí (não que eu seja fã de qualquer um desses dois).
A idéia dele não é das mais complicadas. Alias, simplicidade é uma palavra que se encaixa melhor na escola Epicurista, como batizaram a sua filosofia.
Epicuro queria mesmo era ser feliz. E mais: queria que as pessoas entendessem que o dinheiro não era um fator determinante na construção desse sentimento bom.
Eram três fatores cruciais que ele dizia que transformaria as pessoas:
1 - Os amigos e as relações afetivas/amorosas.
2 - A liberdade e a independência financeira, tanto no sentido de não precisar de dinheiro para viver, quanto no sentido de ter tanto dinheiro a ponto de não se preocupar com isso.
3 - A filosofia e a reflexão individual. A análise de sua vida e de seus atos.

Seria essa a tão esperada fórmula da felicidade?

Ele era um filósofo, por tanto, ao contrário de impor alguma coisa, colocava as pessoas para pensarem e tirarem suas próprias conclusões. O que faço agora, mesmo não sendo um filósofo e nem nada do tipo.

Hoje em dia, com excessão dos evangélicos carismáticos, é difícil encontrar alguém que diga com gosto que é feliz, principalmente aqui em São Paulo, onde o clima, o trânsito e as pessoas sem educação favorecem o emputecimento de qualquer um. (Alias, um comentário a parte: como esses evangélicos carismáticos são felizes né, desconfio que alguma sessão de massagem tântrica aconteça por trás das cortinas do pastor viu... com todo respeito!)

É foda dizer isso, mas vamos lá: A Publicidade é e sempre foi uma das principais responsáveis pela infelicidade humana. Outro responsável é o próprio ser-humano, babaca, que cai que nem um pato nas apelações da propaganda.
Sei que de certa forma estou condenando um pouco o curso que faço e a profissão que exerço, mas se é pra falar, melhor que eu fale de uma vez o que penso.
Será que nunca ninguém reparou direito qual é o apelo da propaganda?
Sempre a mesma coisa: relações afetivas/amorosas (convívio social, mulheres e homens conversando, amigos bebendo cerveja, discussões, piadas), liberdade (independência financeira, quebra de regras e barreiras, facilidades para sua vida), reflexão e individualismo (tempo para pensar, tranquilidade, sono, conforto individual).
Agora reveja as 3 principais coisas que Epicuro falou no começo desse post.

A gente (falo como publicitário), já sacou isso faz tempo. Antes mesmo de Cristo nascer, as propagandas já mostravam que o consumo te trazia ingrediente-a-ingrediente tudo aquilo que você precisa para ser feliz. Só que você (a)Toa acredita que para ter amigos precisa tomar um Rum Bacardi com eles; para ter liberdade precisa ter um tênis Nike no pé para sair correndo por aí que nem um idiota; e para ter um momento de reflexão individual precisa tomar um belo copo de Jhonnie Walker sozinho em casa depois do trabalho.

Não estou dizendo que essas coisas não são boas, muito pelo contrário: por ter nascido em um meio de consumo e ter crescido cercado por essa sociedade, sinto necessidade de tudo isso. Eu quero sim armar o buteco e tomar uma Skol com os meus amigos para trocar uma idéia, alias, quero fazer um monte de coisas que mostram nas propagandas... me diga de verdade: Quem não quer? Mas a real é que os frutos do consumo são só acessórios para a felicidade real.

É uma coisa banal que até dispensa um post ? Até pode ser. Mas desconfio que muita gente ainda não entendeu bem o que é ser feliz. Não é a toa que surgem tantas falsificações de tênis, relógios, jóias, roupas e do que mais você puder imaginar por aí. Mais do que isso: o consumo também é responsável por boa parte da violência e corrupção (não só na política) espalhada por esse mundo.

O mais pobre também quer felicidade. Ele também quer ter tudo aquilo que ele vê nas pessoas sorridentes que estão estampadas no outdoor e que desfilam nas propagandas e novelas. Agora me diz: se não por muita sorte, por qual meio lícito o indivíduo alcança a felicidade dos anúncios? Acho que nenhum.

O modelo de consumo que o mundo prega hoje, é um modelo suicida, que peca por oferecer mais bens de consumo do que oportunidades para adquirí-los.

(a)Toa, você não vai mudar o mundo, mas pode pelo menos entender o quão podre é a maça que você come por dentro.

Boas compras. Se entupa de bens de consumo para preencher o vazio que existe dentro de você.

Amo muito ser Roliço! - disse o povo brasileiro querendo seguir o exemplo americano

Querido (a)Toa,

Eu começaria o dia perguntando: Alguém sabe o que é escada?
Chegando no prédio onde fica a agência a primeira coisa que tive que aturar no dia foi uma sequencia de 3 números apertados no elevador, o que é extremamente normal considerando que era hora de começar o batente, não falaria nada se esses andares não fossem os 3 primeiros (1,2,3 pra quem nao entendeu), porém, não foi isso que aconteceu. Mas também, não vou ficar me consumindo por dentro por causa disso. Diria meu parceiro de trabalho Victor Britto: "Esse tipo de gente me dá preguiça", sentimento que compartilho.
Não sou um grande exemplo para a sociedade brasileira, mas esta última aí (incluindo o ser que vos fala) esta sofrendo nas mãos das gorduras A+, uma nova nomenclatura de gordura inventada para denominar aquelas que insistem em se aprisionar no corpo. Mais da metade dos brasileiros esta a cima do peso. E o MC DONALD'S resolve inaugurar o seu café da manhã (super saudável) nas terrinhas Brazucas; Amo muito tudo isso! Gordura trans, bacon, salsicha e ovo (já viram o ovo do Ronald?) no cú da matina.
E assim a gente segue...
ROLANDO!

terça-feira, 8 de abril de 2008

O trânsito bombando é legal (para eu pisar na tua cabeça)

Querido (a)Toa,

O trânsito é um bagulho foda. No mínimo stressante. E quem não sabe disso? Como se eu estivesse contando alguma novidade. O ponto é que estou na agência, cheio de vontade de ir para casa (nem para aula), com algumas dores de cabeça advindas de motivos adversos (que merda de português) e sei que se eu pensar em pegar o ônibus para ir pras terrinhas da Av. Paulista, vou ficar abafado naquele onibus "cheiroso" por um bom tempo.
Modéstia a parte, sou um exemplo a se seguir no que diz respeito ao respeito (legal dizer "respeito ao respeito", redundância saborosa) a todos os cidadãos-motoristas dessa megalópole paulistana:
Acordo 9hs da manhã, pego um ônibus para ir para o trabalho, na hora do almoço vou a pé aonde quero e na hora de ir embora busco uma carona ou vou de coletivo (minha vó fala isso) mesmo.
Eu me sacrifico por essa cidade. Enquanto isso... uma caralhada de pessoas vai até as concessionárias comprar novos carros e tecer um pedacinho a mais da malha de metal que é a superfície de São Paulo.
Banco real já aproveita para mostrar seu lado sustentável reduzindo e limitando as taxas de crédito cedidas para compra do automóvel. Inteligente... isso vende imagem... mas não vai ser a solução de todos os nossos problemas.
Ninguém quer deixar o sonho do primeiro carro escapar pela tangente... natural... também tenho esse sonho, mas por favor, vamos dar um tempo.
Não aguento mais ouvir falar de recordes e mais recordes, de pedágios urbanos e pedágios maçã (2 palavras gratuítas no meio do texto não fazem mal)... A real é que daqui a pouco vamos enfrentar 1 hora de trânsito para sair da garagem, e enquanto isso la nas ruas eu vou correr para o trabalho pisando em cima do "teto" do seu carro...
INFELIZ!

O cérebro é uma coisa escrota, mas funciona.

Querido (a)Toa,

O título do post vem sempre depois, a regra é essa. A gente nunca sabe o que vai dizer quando não se planeja, quando `não se almeja e não se aceita palpite de alguém. As coisas começam do papel branco, ou da tela preta, tanto faz. O que importa é que a idéia é sair desse estado de monotomia de uma vez por todas no menor tempo possível. Depois de umas 30 letras o raciocínio já flui e o cérebro já sabe como caminhar sozinho.
Engraçado pensar nas barreiras que temos nesse nosso instrumento tão feio que se chama cérebro. O pior: não fomos nós que escolhemos tê-las. Sei lá se é genético, se é da sociedade, se é da família, mas sei que acontece. Uma vez tive uma aula sobre isso em antropologia, outra em psicologia e outra em criação publicitária. Foi uma lição que deveria ter me aprofundado mais, mas isso não vem ao caso.
O que prego é a liberação da mente para se dizer o que quer. Não importa se é sacanagem, se é coisa séria, se é putaria, sexo, drogas ou rock n' roll. O que importa é ser natural, mais que maconha, ser exitante, mais que sexo, ser legítimo, mais do que couro, ser seu, mais que sua alma. Olha que bonito isso: falei, falei, falei, mas não disse nada. Tem gente que adora fazer isso para enrolar as pessoas por aí. Inclusive estou lendo um livro do Duda Mendonça, ele entende bem dessa técnica... Vale a pena.

Só digo uma coisa, e isso eu DIGO, não só falo (se é que você entendeu a diferença entre FALAR e DIZER.)

Bala de tamarindo é boa pra caralho! Experimente!